segunda-feira, 16 de maio de 2011

Considerações acerca da Leitura do Texto: Os contos de Fadas



 O texto está presente no livro Introdução à Literatura para Crianças e Jovens  de Lucia Pimentel Goes, este que foi publicado pela editora Paulinas.
Lúcia Pimentel Góes nasceu em Amparo, interior de São Paulo. É formada em Música e em Direito, pós-doutorada em Comunicação e Semiótica na PUC-SP, professora livre-docente e titular da Faculdade de Letras da USP e autora de mais de 160 livros. Por Paulinas Editora publicou recentemente Pedacinhos alegres do Brasil, e mais: Jangada morena; O menino de olhos assustados; Vira, vira, vira lobisomem (livros infantis); Fábula brasileira ou fábula saborosa - Sábia - Divertida -Prudente - Criativa; Olhar de descoberta - Proposta analítica de livros que concentram várias linguagens, entre outros.
Agora iniciemos algumas considerações acerca da leitura, o mencionado texto tem linhas onde a linha mais psicológica é a questão das fadas que incorporam uma luta entre o bem e o mal, mas essa luta tem ressalvas, pois não se pode acreditar que o conto de fadas fará a criança decidir se ela seguirá como pessoa um caminho bom ou mal.
O conto de fada é terapêutico, pois a vida é tão confusa e injusta e o contos de fadas traz possíveis resoluções, ela funciona como processo de catarse, e para Aristóteles, filósofo grego, a Catarse é o meio através do qual o Homem purifica sua alma, através da representação trágica. Para ele, a tragédia é um estilo derivado da poética dramática, e consiste na reprodução de ações nobres, por intermédio de atores, os quais imitam no palco as desventuras dos heróis trágicos que, por escolhas mal realizadas, passam da felicidade para a infelicidade, provocando na platéia sentimentos de terror e piedade, purgando assim as emoções humanas. Desta forma, a catarse pode ser vista como pacificação e exaustão de forças embriagadoras e insanas que são invocadas pela tragédia, que por sua vez tem em sua raiz justamente esse mecanismo ritualístico herdado dos ditirambos (origem grega) criados para homenagear Dionísio, os quais evoluíram para a modalidade trágica. Com a decadência da literatura greco-romana, a catarse foi herdada por outros estilos poéticos, assumindo novas formas conforme a evolução histórica da poética.
Outro aspecto psicológico que o conto de fadas produz é que ele produz tranquilidade na criança, o triunfo do bem vai fazer com que a criança fique mais tranquila e calma.
Aspectos como intertextualidade faz parte do contos de fadas é um aspecto essencial para o conto, essa intertextualidade consiste na inserção de um texto dentro de outro texto, existem dois tipos de intertextualidade a “ampla – Um texto nunca nasce do nada, ele sempre tem outro referencial” e a “estrita- tem o mesmo significado que o amplo porém ele é proposital como por exemplo: as citações e as notas de rodapé” .

Por essas e muitas outras condições leiam e releiam os contos de fadas, contos não apenas para crianças são também para adultos, afinal nós também sentimos, sonhamos e imaginamos.

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