domingo, 24 de abril de 2011

Processo Histórico da Literatura Infantil e Seus Conceitos

A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no inicio do século XVIII, quando a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta. Cunha (1988, p. 19)
 É a partir desse período que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.
O século XVIII, é marcado por grandes transformações sociais e econômicas, no âmbito social surge uma nova classe denominada burguesia, esta classe buscava estabilidade no poder por meio da intelectualização é nesse período que grandes artistas, pintores e escritores são valorizados, e como é de conhecimento de todos, que a educação é a grande arma de um país, há uma reorganização escolar e, juntamente a essa, a Literatura Infantil floresce.

Considerando Regina Zilberman, em seu comentário sobre o surgimento da Literatura Infantil.
 Antes da constituição deste modelo familiar burguês, inexistia uma consideração especial para a infância. Essa faixa etária não era percebida como um tempo diferente o mundo da criança como espaços separados pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos eventos, porém nenhum ato amoroso especial os aproximava. A nova valorização da infância gerou maior união familiar, mas igualmente os meios de controle do desenvolvimento intelectual da criança e manipulação de suas emoções (ZILBERMAN apud CUNHA, 1988, p. 19)
 No Brasil tivemos escrevendo Literatura Infantil José Renato Monteiro Lobato, mais conhecido como, Monteiro Lobato, foi ele o primeiro escritor, que teve o respeito e o compromisso para com a infância, pois despertou um mundo de fantasias adormecido no imaginário infantil.
Cunha (1988, p. 20) destaca que com Monteiro Lobato é que tem início a verdadeira literatura infantil brasileira. Com uma obra diversificada quanto a gêneros e orientação. 

Monteiro Lobato cria uma literatura centrada em personagens que percorrem e unificam seu universo ficcional, o autor com toda certeza, revolucionou a Literatura Infantil. Seu ápice foi a obra “Sitio do Pica-Pau Amarelo”, pois nascia aí um verdadeiro universo fabuloso destinado à criança.
Monteiro Lobato, conseguiu resgatar o universo mágico que existe no imaginário de cada criança, e as fez sonhar com um mundo que só existe nos sonhos infantis, deste modo ajudou muitas crianças na boa formação de caráter, pois suas obras além de conter muita criatividade, retratam o certo e o errado de uma maneira sutil e delicada, que somente quem é criança consegue interpretar
Hoje, quando se fala em criança, pode-se perceber que a literatura infantil é indispensável tanto na escola, como em outros meios institucionais que trabalham para o desenvolvimento intelectual e emocional da criança.
Como afirma Zilberman (1985, p.13)“Esta faixa etária não era percebida como um tempo diferente, nem o mundo da criança como um espaço separado. Pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos eventos, porém nenhum laço  amoroso especial os aproximava”.

Sandra Vaz de Lima
Nascida no município de Telêmaco Borba - Paraná. Graduada em Letras/ Inglês/Espanhol e Pedagogia. Especialista em Educação Especial e Psicopedagogia Clinica/ Institucional. Atua na área de Educação Especial na Rede Municipal e Estadual, e na Formação de Docentes.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Monteiro Lobato completaria 129 anos no dia 18/04/2011

Emília, Dona Benta, Narizinho e Pedrinho. Quem não conhece esses personagens? A turma do Sítio do Pica-pau Amarelo foi criada por José Bento Monteiro Lobato, que completaria nesta segunda-feira (18) 129 anos. A obra dele persiste até hoje como referência no campo de literatura infantil brasileira, embora Monteiro Lobato também tenha escrito livros adultos.
Monteiro Lobato nasceu em 18 de abril de 1882 em Taubaté, São Paulo, e estreou na literatura com pequenos contos para os jornais estudantis dos colégios Kennedy e Paulista, onde estudou. Cursou Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, mas sempre se dedicou às suas paixões: escrever e desenhar. Ilustrou diversas publicações dos alunos, vencendo um concurso literário promovido em 1904 pelo Centro Acadêmico XI de Agosto. Lobato leu bastante e entrou em contato com a obra do filósofo alemão Nietzsche, cujo pensamento guiou sua obra.
Em 1909, participou de um concurso de cartazes no Rio de Janeiro, colaborando com desenhos para revistas como Fon-Fon e Vida Moderna. Também ilustrou a capa de seu primeiro livro, Urupês. Então, apresentou seu personagem-símbolo, o Jeca Tatu. Preguiçoso e adepto da "lei do menor esforço", Jeca era completamente diferente dos caipiras e indígenas idealizados pelos escritores românticos do início do século 19, como José de Alencar.

LITERATURA INFANTIL - No Natal de 1920, surge sua primeira história infantil: "A menina do narizinho arrebitado". Com capa e desenhos de Voltolino, famoso ilustrador da época, o livrinho fez - e ainda faz - o maior sucesso. Então, a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo se solidificou como favorita de muitos jovens em novos episódios, tendo sempre como personagens Dona Benta, Pedrinho, Narizinho, Tia Nastácia e Emília, a boneca de pano falante e arteira.

Sua intenção era criar aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. Seus personagens, depois, misturaram-se com elementos da literatura universal, mitologia grega, quadrinhos e cinema, atraindo as crianças para universos antes desconhecidos. Através do personagem Visconde de Sabugosa, um grande sabe-tudo, o autor transmitia também conhecimentos e idéias de história, geografia e matemática.

As histórias renderam muitas publicações, tiveram muito sucesso; porém, na década de 20, Lobato enfrentou crises em seus negócios. A Revolução dos Tenentes, em julho de 1924, paralisou as atividades da sua empresa durante dois meses, gerando grande prejuízo. Então, seguiu-se uma inesperada seca, com corte no fornecimento de energia - o maquinário gráfico passou a funcionar apenas dois dias por semana. Por fim, com a desvalorização da moeda da época e suspensão do redesconto de títulos pelo Banco do Brasil, Lobato se viu com um enorme rombo financeiro e muitas dívidas.
UOL-Cultura. Disponível em :





 

Reinações de Narizinho

Trecho do episódio exibido na globo em 1982 que mostra as aventuras de Narizinho (Daniele Rodrigues) no reino das Aguas Claras junto com Pedrinho (Marcelo José), emilia (Reny de Oliveira) e visconde (Andre Valli). Parcipação de julio césar (primeiro Pedrinho) como Escamado. 


18 de Abril dia Nacional do Livro Infantil

O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem à Monteiro Lobato.
“Um país se faz com homens e com livros”. Essa frase criada por ele demonstra a valorização que o mesmo dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.
Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil, brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de direito.
Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso.
Depois criou a história “A Menina do Nariz Arrebitado”, que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.
Dentre seus principais personagens estão D. Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira e seus famosos bolinhos de chuva, Pedrinho e Narizinho, netos de D. Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho, Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários “causos” às crianças; Rabicó, o porquinho cor de rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Quem não se lembra do Anjinho da asa quebrada que caiu do céu e viveu grandes aventuras no sítio?
Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré muito malvada; e outros. Também enriqueceu suas obras com obras literárias da mitologia grega, bem como personagens do cinema (Walt Disney) e das histórias em quadrinhos.
Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Com o lançamento do livro “Emília no País da Gramática”, em 1934, mostrou assuntos como adjetivos, substantivos, sílabas, pronomes, verbos e vários outros. Além desse, criou ainda Aritmética da Emília, em 1935, com as mesmas intenções, porém com as brincadeiras se passando num pomar.
Monteiro Lobato morreu em 4 de julho de 1948, aos 66 anos de idade, no ano de 2002 foi criada uma Lei (10.402/02) que registrou o seu nascimento como data oficial da literatura infanto-juvenil.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola



Contrapontos dos textos de Mortatti e Teresa Colomer Aula do Dia 13/04/2011

Oi gente mais uma postagem, bem nesta iremos realizar uma discussão voltada para os textos de Mortatti e Teresa Colomer.
Os textos trazem grandes contribuições a cerca das temáticas de formação de leitores.


Um dos momentos muito interessantes nos textos são as formas em que eles vão abordando o hábito de leitura, o importante das duas leituras é que eles se completam e acabam fazendo com que nós leitores fiquemos ainda mais envolvidos com eles. No texto de Mortatti inicialmente ela traz assuntos como o gosto pela leitura, ela diz que: “Não é um dado da natureza humana, imutável e acabado, e sua formação tem a ver com as necessidades, com o tempo e com o espaço em que se movimentam pessoas e grupos sociais.
Logo após nos deparamos com temáticas que envolviam as questões das leituras dos docentes, onde permeavam assuntos em nós como leitores temos que ter um domínio do que iremos ler e até mais, temos que gostar do que lemos. Colomer afirma que: “A função essencial do docente é assegurar o corpus disponível é o mais adequado para os seus alunos”. Então Mortatti explica com outras palavras: “... É preciso trazer a leitura para sala de aula, para “despertar” o sabor de ler... o professor é alguém que lê, estuda, expõe sua leitura e seu gosto, tendo para com o texto a mesma sensibilidade e atitude crítica que propõe a seus alunos”.
O mais importante da leitura dos dois textos é que eles abordam fatores importantíssimos para a formação de leitores, e são essas leituras que nos reparam e que nos moldam como leitores, afinal ser leitor não é algo estático ou automático, mas é algo que se constrói ao logo do tempo.

Autoras: Laura Jéssica e Adjane dos Santos

REFERÊNCIAS: Maria do Rosário Motatti Magnani: Leitura e Formação do Gosto (por uma pedagogia do desafio do desejo) e Teresa Colomer: Andar entre livros: A leitura literária na escola.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sugestão de leitura - Até as princesas soltam pum

O livro é muito interessante ele traz um misto de sentimentos deliciosos que vão tomando conta de nós no decorrer da leitura, e tudo surge de uma pergunta, feita por Laura uma menina muito esperta que é tomada por uma dúvida à respeito das princesas, daí o pai de Laura pegou o livro secreto das princesas e contou algo que ninguém imaginava, mas esse segredo vocês só vão saber quando fizerem a leitura do livro, descubram esse segredo... ah antes que eu esqueça é segredo, portanto não conte pra ninguém.



Título: Até as Princesas Soltam Pum
Autores: Ilan Brenman  e Ionit Zilberman 
Editora: Brinque-book




domingo, 17 de abril de 2011

Como contar Histórias.


As histórias na educação infantil são fundamentais na formação educacional da criança, em especial no início da escolaridade. Para o desenvolvimento de tal atividade deve ocorrer todo um planejamento, pois se trata de um momento mágico que a criança irá vivenciar e absorver algo que venha a identificar com ela naquele instante. 
Por ser considerada uma atividade tão importante na educação infantil, sugerimos aos professores que lidam com crianças dessa fase algumas orientações que poderão beneficiar e conseqüentemente propiciar o desenvolvimento contínuo da criança no desenvolvimento da linguagem.




1. Contar histórias diariamente;
2. As histórias podem ser repetidas, dependendo do interesse dos alunos;
3. Alguns critérios devem ser seguidos como: livros com poucos textos, linguagens simples, maior número de ilustrações, sendo essas grandes e sugestivas e que satisfaçam o desejo dos alunos.
4. Baseando em informações passadas por pais em relação ao aluno, buscar histórias que venham ajudar a resolver um problema em questão. Por exemplo: Se uma criança recusa a comer verduras em casa, selecione um tema voltado para a importância dos alimentos, de forma que a criança se identifique e o professor ajude a família, visto que a escola também tem essa função.

 5. Ao planejar o momento de contar histórias, determinados aspectos são fundamentais e devem ser analisados:

• Local: as histórias não devem ser contadas apenas dentro da sala de aula, pelo contrário, ambientes diferenciados tornam o momento mais agradável (pátio, quadra, jardim, sentado em degraus, quiosques, entre outros).

• Posição: Os alunos devem estar em uma posição confortável e a professora deve ficar em uma posição que permita a todos os alunos a visualização do livro e sua dramatização.
Apresentação da história: é fundamental que a professora conheça o texto da história, pois o ideal é que conte a história com suas próprias palavras, utilizando uma linguagem simples e um tom moderado, de forma que todos os alunos possam escutar de forma agradável.
• Horário: não deve existir um horário estipulado para o momento da história, deve acontecer de acordo com a necessidade e até mesmo de forma surpreendente para o aluno. Conforme uma situação ocorrida no ambiente, o professor poderá utilizar certa história que encaixe naquele instante, de forma que venha contribuir na resolução e amadurecimento da criança.

Motivação: cabe ao professor deixar como suspense a história a ser contada, de forma que venha despertar a curiosidade em seus alunos bem como a motivação do momento.

Ressalta-se que muitas vezes, apesar do professor ter feito todo um preparo para esse momento, acontece das crianças ficarem dispersas. Sendo assim, sugere-se que o professor busque a participação das crianças fazendo “questionamentos” de forma que elas possam interagir com a história que está sendo contada.


Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola.